quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Assinatura do Pacto pela Juventude em Naviraí - MS

Em Navirai, a juventude se reuniu e debateu o Pacto pela Juventude. Um movimento que fortaleceu o debate de juventude no município.
Nos dias 20 e 21 de setembro, os jovens de Naviraí foram debater junto ao candidato a prefeito Leo Matos e vice-prefeito Jair do IBGE as propostas do Pacto pela Juventude e assinaram em comicio realizado posteriormente, com a participação de Jonatas Moreth - Diretor da União Nacional dos Estudantes - UNE.



Mobilização do PT em Mundo Novo - MS

Mundo Novo é um município do Interior do MS próximo a fronteira com o Paraguai, mas também faz divisa com o Estado do Paraná.

É uma região com forte presença do tráfico. Em 1999, a mando do vice prefeito, a prefeita do PT Dorcelina  


Forlador foi assassinada. Em 2000, o PT ganha novamente ás eleições agora com o companheiro Humberto Amaducci. 

Agora novamente estamos na disputa. Mundo Novo é um município muito politizado e está dividido ao meio, 
eleições polarizadas. Lá o partido é muito vivo.

Fizemos um grande comício. Contou com a presença de 4.000 pessoas. Parece pouco? Informo a todos que o 
município tem apenas 18.000 habitantes e 13.000 eleitores..

Ou seja, 1/3 dos eleitores foram para rua com sua bandeira vermelha acompanhar o comício. Este é o Partido 
dos Trabalhadores!!! Parabéns companheirada!!!



Jonatas Moreth - Diretor da UNE e da secretaria nacional da JPT



terça-feira, 18 de setembro de 2012

Assinatura do Pacto da Juventude em Maracaju - MS

O PT em Maracaju realizou, dia 13 de setembro, a caminhada da juventude e a assinatura do pacto pela juventude por nosso candidato a prefeito Alberto do PT. O movimento mobilizou e articulou a pauta de juventude no município realizando estas atividades. Contou com a presença de Jonatas Moreth - Diretor da UNE e da secretaria nacional da JPT. É Maracaju discutindo Juventude!!!







Assinatura do Pacto pela Juventude em Mundo Novo - MS

A assinatura do pacto pela juventude em Mundo Novo (dia 09/set) pelos companheiros Humberto e Nivaldo e a chapa de Vereadores da coligação foi muito bom. Companheiros/as de Mundo Novo articularam e mobilizaram os jovens daquela pequena cidade. Foi surpreendente a mobilização dos companheiros, em torno de 500 pessoas na rua, entre jovens, pais, mães, trabalhadores e trabalhadoras que discutiram um pouco das políticas de juventude para o município.
Parabéns aos companheiros e companheiras de Mundo Novo. Rumo a vitória!!!


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pacto da Juventude 2012

Companheiros e companheiras
A Juventude da Articulação de Esquerda - JAE do PT, está organizando atos públicos em algumas cidades do estado do Mato Grosso do Sul para firmar compromissos de nossos candidatos com a Juventude. 
Em breve teremos novas informações. 
Participe!!!



10% do PIB para Educação e a necessidade de reformas estruturais


Por Jonatas Moreth
Há um bom tempo que os Movimentos sociais não construíam uma pauta de tamanha unificação. Da UNE a CNTE, da CUT ao MST: todos saíram às ruas reivindicando que no novo PNE – Plano Nacional de Educação seja aprovada a meta de investimento mínimo de 10% do PIB para Educação Pública nos próximos 10 anos.
O PNE tem causado muitos debates e polêmicas e já tramita no Congresso Nacional há mais de um ano. No mês passado tivemos uma importante vitória nesta luta: Após muita pressão dos Movimentos Sociais e um ato organizado pela UNE no dia da votação do projeto na Comissão Especial da Câmara conseguimos aprovar por unanimidade a emenda do Deputado Paulo Rubem (PDT/PE). Esta emenda determina que nos primeiros 5 anos de vigência do PNE seja investido no mínimo 7% do PIB para a educação pública, e ao completar 10 anos alcancemos o patamar de 10%. Frise-se que é investimento na educação pública!

Foi uma vitória do movimento social diante da instansigência da área econômica do Governo Federal que defendia ser inviável o investimento maior do que 8% no próximo decênio. Na mesma linha, o Ministro da Educação Aloísio Mercadante concedeu declarações logo após a aprovação dizendo “que seria muito difícil alcançar essa meta. Seria como colocar um MEC dentro de outro MEC”. Neste debate o Governo foi derrotado. Foi tão derrotado que a Ministra das Relações Institucionais Ideli Salvati tem mobilizado a base governista para assinar um recurso que levaria o debate do PNE para o plenário, onde poderia ser apresentado novas emendas, ao invés de ir direto para o Senado.
No entanto, após reunião da UNE com a presidenta Dilma e o Ministro Mercadante parece que o Governo mudou de ideia e começou a ceder aos anseios do povo. Agora a posição oficial do Governo é a seguinte: Nós topamos os 10% do PIB desde que o Congresso aprove que 50% do fundo social do pré sal e 100% dos Royalties sejam destinados para Educação, alegando inclusive que esta é a única forma de alcançar a meta.
Em que pese ser um avanço devemos ver essa proposta com bastante ressalvas. Em primeiro lugar porque o Governo ao invés de se comprometer de fato com a proposta, condiciona isto a aprovação de medidas via Congresso Nacional. Aprovação esta muito difícil de ser alcançada tendo em vista que depende de negociações com Prefeitos e Governadores e com um Congresso heterogêneo e com vários interesses locais e temáticos.
Em segundo lugar porque a vinculação de 100% dos Royalties para Educação é proposta polêmica e não consensual. Em que pese a necessidade de se priorizar a educação, existem em nosso país áreas subfinanciadas e que são imprescindíveis para o nosso desenvolvimento soberano que contam com forte força social dificultando a ação unitária, das quais podemos citar a saúde, combate a miséria, ciência e tecnologia e investimento em infra-estrutura.
O que ocorre é que o Governo mais uma vez opta pelo caminho mais fácil e se recusa a mexer nos privilégios da nossa atrasada elite nacional fazendo profundas reformas estruturais, em especial no setor financeiro e tributário, alterando assim, os rumos de nosso desenvolvimento. Não, Ministro Mercadante! Os 50% do fundo social e 100% dos royalties do pré sal não são a única forma de alcançarmos a meta do PNE. Existem outras e passam pela diminuição do superávit primário, pela auditoria da dívida pública, por uma reforma tributária com taxação de heranças e grandes fortunas e uma agressiva política de redução de juros.
Que tomemos as ruas, escolas e Universidades em defesa da educação pública casado com a luta por reformas estruturais que mude os rumos de nosso desenvolvimento em vistas a obtenção de mais investimentos para o Estado cumprir o seu papel. Uma luta não está dissociada da outra. Pelo contrário, se complementam!
*Jonatas Moreth é Diretor da UNE e Coordenador de Movimentos Sociais da JPT


A Universidade Privada no Brasil de hoje


Por Tábata Silveira
73% dos estudantes universitários brasileiros estão em universidades privadas, comunitárias ou confessionais. E este fenômeno tem consequências no processo de desenvolvimento do país.
A partir do governo Lula, nossa geração presenciou uma série de mudanças nas políticas de acesso ao ensino superior brasileiro, tais como o Prouni (Programa universidade para Todos), a UAB (Universidade Aberta do Brasil), o Reuni (Programa de reestruturação e expansão das Universidades Federais), a construção de 14 novas universidades e de mais de 100 novos campi espalhados pelo interior do país, além da aprovação de uma política de ações afirmativas, entre outras iniciativas.
Nos últimos dez anos dobrou a proporção dos jovens matriculados no ensino superior. Há uma diferença abissal entre a realidade e o passado próximo, quando o Estado brasileiro estava em mãos tucanas, a idéia de fazer um curso superior passava muito longe do projeto de vida da juventude, que não fugia muito do “caminho natural” de tentar completar o ensino médio, trabalhar a vida inteira, e apenas em alguns casos conquistar a casa própria e “ascender” socialmente.
“O Brasil precisa de gente que não se contenta com pouco!”
Contudo, em que pese os avanços, no seu conjunto estes programas ainda não constituem uma verdadeira reforma universitária, que implica em repensar o ensino superior na sua totalidade (seus objetivos, os currículos, os conteúdos, os métodos, o sistema de ingresso, a oferta de vagas, a assistência estudantil, o cumprimento do tripé ensino-pesquisa-extensão, o investimento, as concessões e o compromisso estatal de garantir tudo isso).
O Prouni, que garante o acesso para quem tem bom desempenho no ENEM e renda de até um salário mínimo per capita comprovada, não garante permanência. Ainda que não seja cobrada a mensalidade, os demais preços na universidade privada são caros, incompatíveis com o salário mínimo comprovado pelos estudantes bolsistas, que, com algumas exceções dentre os cursos da saúde, não recebem nenhum outro auxílio para alimentação, cópias, transporte, moradia ou creche.
Além dos bolsistas, nessa mesma condição se encontra um sem-número de estudantes que trabalham para pagar os estudos. Gente que via de regra demora muito mais pra completar o curso e que, quando se forma, além do canudo, recebe de presente uma impagável dívida contraída através de sistemas de financiamento, com facilidades burocráticas e juros absurdos.
A universidade privada é muito menos democrática que a pública. Isso se expressa no processo de admissão dos docentes e funcionários, nos conteúdos, nos métodos e na quase inexistência de mecanismos de participação discente; no poder absurdo das mantenedoras, que lucram muito cumprindo mal o papel que o Estado lhes terceirizou. E por isso não é nenhum exagero denunciar a mercantilização do ensino superior no país, que é um jeito de dizer que esses espaços estão se convertendo, mais a cada dia, em empresas cujo objeto é o estudante e o objetivo é o lucro, além de em suas salas de aula fazer propaganda para dar legitimidade ideológica ao capitalismo.
Um exemplo disso é o da PUC do Rio Grande do Sul, onde os estudantes não têm direito de sequer fazer movimento estudantil (a reitoria proíbe expressamente a panfletagem, a afixação de cartazes, a passagem em sala, as reuniões em salas fora do horário de aula). E se o estudante tiver alguma reclamação, deve se dirigir à Ouvidoria. O procedimento é igual ao de uma empresa, onde o seu dono, neste caso o Reitor, jamais dá as caras.
E por falar em movimento estudantil…
A direção majoritária da União Nacional dos Estudantes trata deste tema de um modo superficial e contraditório. Muito preocupada em elogiar o governo pela ampliação do acesso à universidade, a direção majoritária da UNE se furta de fazer o debate sobre a regulamentação do ensino privado, no sentido de discutir e lutar com os e as estudantes por democracia, assistência estudantil, qualidade do ensino e até mesmo pelo fechamento das desqualificadas faculdades privadas, fabriquetas de diplomas, que não param de brotar no país. E nem mesmo a oposição de esquerda (setor hegemonizado pelo PSOL) e a ANEL (PSTU) têm feito essa leitura e esse debate de forma consequente.
A organização do movimento estudantil de base, nessas universidades, encontra mais dificuldades do que na pública. Em que pese haver um grande volume de demandas estudantis, que são o principal motor do movimento, são diversos os bloqueios para os estudantes que querem se organizar. Se a maioria trabalha, essa maioria não tem tempo para atuar no ME. As reivindicações são dirigidas ao reitor, escolhido pela mantenedora, que sendo uma empresa tem muito mais compromisso com a sua margem de lucro do que com a garantia de direitos. Na maioria dos casos, justamente pelos motivos anteriores, não há cultura de participação e de movimentação estudantil.
As principais bandeiras de luta do movimento estudantil nas instituições privadas são: pela revogação ou o não-aumento das mensalidades; por mais bolsas de iniciação científica e mais pesquisa e extensão de verdade; por assistência estudantil (transporte, moradia, descontos e alimentação de qualidade, creche); pela regulamentação do ensino superior. Contudo, a reivindicação que deve orientar a luta dos e das estudantes deve ser a democratização da universidade. O fato de se tratar de iniciativa privada não pode conferir-lhes o direito de conservar uma estrutura medieval, ou monocrática, no seu interior. Quando os estudantes participam democraticamente das tomadas de decisões em todas as instâncias da universidade, como diria Olívio Dutra, ao invés de meros objetos, passamos a ser sujeitos da educação.
*Tábata Silveira é estudante de Direito da PUC-RS, bolsista do ProUni e diretora de Movimentos Sociais da UNE.
Fonte:   Página13 nº 111 ago 2012 (1,3 MiB, 87 hits)

Por que a UNE me representa e, mais que isso, por quê a disputo?



É comum, no atual momento de organização do movimento estudantil brasileiro, escutarmos frases, ou até mesmo campanhas do tipo: A UNE não me representa. Com todo respeito a manifestação das divergências, mas, sendo coerente com a disputa política, digo, que este tipo de negacionismo é que não me representa.
Também não concordo que a atual União Nacional dos (as) Estudantes, organizada sob a égide de uma política recuada, sem contato real com as lutas sociais no interior e nas bases das universidades brasileiras, seja o ideal daquilo que queremos, em termos de representatividade e combatividade estudantil e social.
É fato que há um entrelaçamento da condução da atual gestão majoritária da UNE com o governo, o que por óbvio causa um refluxo nas lutas e afeta a autonomia da entidade e das posições do movimento estudantil, num cenário de refluxo histórico de todos os movimentos sociais, este tipo de condição agrava mais ainda as possibilidades de enfrentamento ao capitalismo e de avanço nas conquistas estudantis.
Há concordância, em muitos pontos, a respeito dos problemas da UNE, o que não há concordância é com a estratégia de enfrentamento a estes problemas, não acredito que negar a importância desse instrumento histórico das lutas estudantis brasileiras seja o caminho, pois se ele não for usado por um projeto com firme posicionamento em defesa da classe trabalhadora, entendendo que dentro de uma sociedade burguesa os interesses de classes são inconciliáveis, certamente a entidade será usada por outro tipo de projeto, reformista ou pior: burguês, tendo em vista a pluralidade de forças que se organizam no seu interior, por tanto, o caminho pra mim é disputa, a disputa por hegemonia, disputa por dentro, mas sobretudo por fora da entidade, chegando nas bases de organização estudantil, com formação política e ação organizada, respeitando a coerência entre aquilo que se deseja alcançar em termos de lutas e transformações sociais e aquilo que fazemos pra que isso seja concretizado.
Em outras palavras, não negamos a importância desse instrumento histórico, que representa o acúmulo das forças nas lutas dos estudantes no Brasil, e que por isso mesmo ainda possuí forte referência nacionalmente e internacionalmente, e é exatamente por reconhecer essa importância que precisamos disputá-la.
É lamentável que algumas forças políticas que se organizavam e outras que ainda se organizam no interior da entidade, que poderiam estar se somando a um bloco de oposição e aumentando as possibilidades de retomada da entidade, pela esquerda, por meio de um projeto verdadeiramente revolucionário e transformador, tenham tomado caminhos mais fáceis: o primeiro de abandonar a entidade e não mais disputá-la, criando uma entidade paralela isolada, que representa basicamente as opiniões de um partido político sem base, o que não ajuda a solucionar os desafios colocados para o movimento estudantil. O segundo é reduzir suas ações políticas na UNE para meramente garantir espaços na direção da entidade, rebaixando e muito o porque de se organizar nesta, beirando o fisiologismo tão conhecido da direita brasileira, nesse último caso, considerando as forças que ainda se organizam na UNE.
Entretanto, a história é uma magnífica composição, não linear que nos dá muitas possibilidades de pensar ações. Vivemos um momento em que há um aumento inegável das contradições no interior das universidades, devido em parte pelo constante movimento de mecantilização da educação, tanto nas universidades públicas, quanto nas particulares, mas, ao mesmo tempo também pelo acesso de estudantes das classes mais baixas às universidades. É por meio da renovação política, do diálogo e da disputa de mentes e corações, deste novo perfil de estudantes é que poderemos acumular forças para trazer de volta aos caminhos das lutas sociais a nossa entidade estudantil: A União Nacional de Estudantes!
*Ariely de Castro é militante da Articulação de Esquerda, e studante de Serviço Social – Universidade Católica de Brasília  e coordenadora de formação política e movimentos sociais do DCE UCB
PLP-UCB
Fonte: Pagina13 DF